Por:
Vitor Morfelle
Fevereiro,
um mês em pleno verão que é escaldante e agitado, não só pela estação do ano,
como pelo renascimento da maior festa popular de todo o planeta: O carnaval
Brasileiro.
Da tela
da TV, tradicionalmente, são levadas as cores, os sentimentos e valores
daqueles que vivem pela festa, mesmo que muitos acabem por os ignorar. Porém,
ao contrário do pensamento maioritário, esse evento esconde milhares de faces
curiosas em seus bastidores convulsivos, que conta com milhares de soluções
extremamente criativas a fim de obter vantagem nesta competição ferrenha entre
os pavilhões e suas comunidades.
Velha-Guarda da Unidos
do Peruche, uma das mais tradicionais do carnaval Brasileiro.
A evolução é um dos
principais quesitos de julgamento, e responde por como cada agremiação se
comporta na pista quanto a velocidade e suavidade que seus componentes evoluem
ao longo das gigantescas passarelas.
A
velha-Guarda é o setor responsável pela convívio e agrupamento dos veteranos. O
grupo de idosos é normalmente alocado bem em frente as escolas, mas não por um
motivo aleatório. A criatividade da festa emana daí.
Muitas
vezes, para encerrar em tempo, ocorre o famoso “Corre-Corre”, temido na
competição. A Velha-Guarda, formada dor senhores e senhoras de idade avançada,
são posicionadas a frente da escola, a fim de que se preciso correr em caso de
atrasos, os mesmos já tenham terminado sua passagem e estejam descansando na
dispersão, conservando a saúde e proporcionando maior velocidade, evitando a
perca de pontos.
Por esse
e outros pontos como a inserção dos “Novatos” no meio das alas a fim de não
prejudicar o andamento e dar livre vista as câmeras televisivas, o carnaval
Brasileiro é muito mais do que uma festa, é uma competição baseada em uma
ciência fria, e ao mesmo tempo, preservadora. Muito maior do que a TV mostra,
esse “mundo dentro do nosso mundo” é rico, basta estuda-lo, e acima de tudo,
respeitá-lo com a dignidade de uma família, seja qual forma esta tiver.
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