segunda-feira, 18 de abril de 2016

O ESTUDO DO CORRE-CORRE: MUITO MAIS QUE UMA FESTA, UMA CIÊNCIA COMPLEXA A FAVOR DA SUA HISTÓRIA

Por: Vitor Morfelle

            Fevereiro, um mês em pleno verão que é escaldante e agitado, não só pela estação do ano, como pelo renascimento da maior festa popular de todo o planeta: O carnaval Brasileiro.
            Da tela da TV, tradicionalmente, são levadas as cores, os sentimentos e valores daqueles que vivem pela festa, mesmo que muitos acabem por os ignorar. Porém, ao contrário do pensamento maioritário, esse evento esconde milhares de faces curiosas em seus bastidores convulsivos, que conta com milhares de soluções extremamente criativas a fim de obter vantagem nesta competição ferrenha entre os pavilhões e suas comunidades.




Velha-Guarda da Unidos do Peruche, uma das mais tradicionais do carnaval Brasileiro.

A evolução é um dos principais quesitos de julgamento, e responde por como cada agremiação se comporta na pista quanto a velocidade e suavidade que seus componentes evoluem ao longo das gigantescas passarelas.
            A velha-Guarda é o setor responsável pela convívio e agrupamento dos veteranos. O grupo de idosos é normalmente alocado bem em frente as escolas, mas não por um motivo aleatório. A criatividade da festa emana daí.
        Muitas vezes, para encerrar em tempo, ocorre o famoso “Corre-Corre”, temido na competição. A Velha-Guarda, formada dor senhores e senhoras de idade avançada, são posicionadas a frente da escola, a fim de que se preciso correr em caso de atrasos, os mesmos já tenham terminado sua passagem e estejam descansando na dispersão, conservando a saúde e proporcionando maior velocidade, evitando a perca de pontos.

            Por esse e outros pontos como a inserção dos “Novatos” no meio das alas a fim de não prejudicar o andamento e dar livre vista as câmeras televisivas, o carnaval Brasileiro é muito mais do que uma festa, é uma competição baseada em uma ciência fria, e ao mesmo tempo, preservadora. Muito maior do que a TV mostra, esse “mundo dentro do nosso mundo” é rico, basta estuda-lo, e acima de tudo, respeitá-lo com a dignidade de uma família, seja qual forma esta tiver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário